Inclusive, na sexta-feira (14), a prefeitura emitiu um alerta para turistas evitarem entrar na água, classificada como imprópria para banho.
Segundo apurado pela TV TEM, os peixes estão sendo retirados aos poucos de dentro dos tanques-rede, com dois passaguás, desde quinta-feira (20), e, depois, são descartados em um aterro, às margens do rio.
Somadas, as perdas dos piscicultores chegam a R$ 1 milhão, conforme eles. Por isso, os pescadores temem o desemprego, em especial durante a quaresma, período em que a venda dos pescados aumenta devido à dieta restrita de carnes vermelhas dos católicos.
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Peixes aparecem mortos às margens do Rio Tietê em Ubarana (SP) — Foto: Rogério Pedrozo/TV TEM
Em nota, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) disse que realizou inspeções no Rio Tietê para monitorar a qualidade da água e fiscalizar possíveis fontes de poluição, após a constatação de mortandade de peixes. Amostras foram coletadas e encaminhadas para análise.
Responsável pelo monitoramento, licenciamento e fiscalização ambiental, a Cetesb tem intensificado as ações onde há avanço da eutrofização.
Entre 2021 e 2025, foram realizadas 926 inspeções na região, com aplicação de 80 penalidades a empreendimentos que descumpriram normas ambientais.
Desde o começo do ano, a coloração da água do Rio Tietê e do Rio Grande vem sendo questionada. Em diversos momentos, ela fica bem densa e esverdeada. Além da cor, o cheiro incomoda bastante os pescadores da região.
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Piscicultores encontram cerca de 30 toneladas de peixes mortos em Ubarana (SP) — Foto: Eduardo Monteiro/TV TEM
De acordo com a professora de química e ciências biológicas da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Maria Stela Castilho, as plantas aquáticas invadem o rio por se reproduzirem de forma rápida devido ao aumento de nutrientes, que servem de “alimento” para elas.
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Peixes aparecem mortos após água do Rio Tietê ficar verde em Ubarana (SP) — Foto: Rogério Pedrozo/TV TEM
Esses nutrientes são provenientes, conforme ela explicou, do esgoto doméstico ou industrial, vinhaça - resíduo da destilação do caldo de cana-de-açúcar -, e de fertilizantes aplicados nas lavouras.