A operação foi iniciada em Uberlândia, após a polícia descobrir que um integrante da quadrilha comprou uma mansão de R$ 2,5 milhões e por promover festas com carros de luxo.
Ao todo, foram cumpridos nove mandados de prisão preventiva e 80 de busca e apreensão, além de outras medidas cautelares, como sequestro de bens e bloqueio de contas em sete estados do Brasil: Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Bahia e Goiás.
Na cidade do Triângulo Mineiro foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão e quatro de prisão. As investigações identificaram transações suspeitas com movimentação de mais de R$ 5,5 bilhões, decorrentes de atividades ilícitas no período de pouco mais de 5 anos.
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A quadrilha criava empresas de fachada para movimentar dinheiro e adquirir itens de luxo — Foto: Polícia Federal/Divulgação
Durante as investigações, a PF descobriu um complexo esquema do grupo criminoso, que contava com várias pessoas interconectadas.
Um traficante internacional de drogas envolvido com a prática de inúmeros crimes está entre os membros da quadrilha. O homem já foi investigado em outras ocasiões e há suspeitas de que ele enviava cocaína para países das Américas do Sul e Central, com destaque para remessas a violentos Cartéis Mexicanos.
A polícia informou ainda que os envolvidos criavam empresas de fachada e adquiriam, por meio dessas empresas, imóveis e veículos de luxo para terceiros.
Os criminosos também movimentavam grande quantia de valores, incompatíveis com os capitais sociais. Isso porque os sócios das empresas geralmente não tinham vínculos empregatícios, e alguns até receberam auxílio emergencial.
Segundo a PF, algumas pessoas jurídicas efetuavam transações com empresas no ramo de criptomoedas e de atividades que não tinham relação com o ramo de negócio, o que leva a crer que os investimentos estivessem sendo usados para mascarar a origem ilícita dos valores.
Estima-se que o montante dos valores ilegalmente movimentados pela organização criminosa seja de mais de R$ 5 bilhões no período de pouco mais de 5 anos.
Por: G1