Passado o susto inicial, ele levou a mão até a tal batata que empurrava a terra para fora, mexeu, remexeu, mexeu novamente e viu que era muito maior do que imaginava ou já tivesse visto em seus 56 anos de vida.

E a batata não teve adubo especial, nem nada do tipo, muito pelo contrário, ela era constantemente rondada por animais que retiravam pegavam um pouco aqui ou ali.

“Quando chovia, ela brotava e o gado comia. O que eu passei ali foi uma grande luta”, disse.

E a luta de José não foi apenas com o gado. Amigos e familiares duvidavam que a batata fosse crescer, zombavam e diziam para deixá-la de lado. “Eles diziam que eu tinha plantado errado, mas eu sabia que não, eu já plantei e colhi bastante daquele jeito”.

Para provar que não estava doido, ao retirar a batata-doce de 35 kg José chamou um amigo e disse que tinha uma surpresa para o mostrar. De longe, o amigo do agricultor também pensou que a coisa fosse uma pedra, depois cogitou também que fosse uma cobra, mas ao se aproximar viu que na verdade era uma batata.

Ao contrário de José, que queria reunir um grupo para finalmente mostrar que o tubérculo tinha vingado, o amigo mexeu na batata a ponto de arrancá-la.

“Quando arrancamos foi como se minha alma saísse do corpo, jamais imaginei ver uma batata desse tamanho. Levamos ela até o fundo do barracão e a pesamos”, relembrou José.