O climatologista Ruibran dos Reis explicou ao g1 a questão.
"As queimadas em Minas e, principalmente, na Amazônia são a maior causa. Os ventos vindos do Oceano Atlântico entram no país pelo Nordeste de uma massa de ar que atua entre o Brasil e a África; eles vão até a região Centro-Oeste e depois descem. Eles trazem essa poluição para a nossa região", disse Ruibran.
Ele explica ainda que no Norte, Nordeste e Leste de Minas, os ventos vindos do litoral impedem a formação de nuvens semelhantes, o que não ocorre no Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste, que recebem os ventos vindos do norte do país.
O meteorologista explica que não há possibilidade de chuvas para as próximas semanas. Portanto, a tendência é que a qualidade do ar piore nos próximos dias.
"Podemos ter mudanças somente lá para o dia 21, 22, com chuvas previstas. Por esta data deve chegar uma frente fria, vinda do litoral da região sudeste. Ele pode quebrar esse bloqueio da massa de ar quente que está atuando aqui em Minas Gerais", explica.
Os termômetros podem atingir 40 °C no próximo fim de semana. A umidade relativa do ar segue entre 10% e 20% e não há previsão de chuvas.
As recomendações da Defesa Civil para a baixa umidade são:
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Beber bastante água;
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Evitar atividades físicas ao ar livre e exposição ao sol das 10h às 17h;
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Evitar banhos com água quente para não potencializar o ressecamento da pele. Se necessário, use um hidratante;
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Usar umidificadores de ar em casa e no trabalho. Você também pode utilizar bacias de água ou estender toalhas e panos úmidos próximos à cama;
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Na hora da limpeza, prefira pano úmido a vassoura para não levantar pó;
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Evite ambientes onde há fumaça de cigarro
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Pessoas evacuando o campus Glória DA UFU em Uberlândia — Foto: Reprodução/Arquivo pessoal
Por: G1