Taynara Gonçalves está desaparecida na Represa de Miranda em Uberlândia — Foto: Reprodução/ Instagram
Além das investigações realizadas pela Polícia Civil, a Marinha também apura o caso. O corpo da jovem foi localizado nesta terça-feira (15) pela equipe de mergulho do Corpo de Bombeiros.
Taynara foi sepultada na tarde desta quarta-feira, no Cemitério Municipal de Iturama.
“A saudade de quem se foi sempre é uma das provas mais difíceis da vida. Só o tempo pode amenizar a dor, mas nunca até o fim”, foi a mensagem postada pela família no perfil da jovem.
O G1 entrou em contato com a Polícia Civil para saber como está o andamento das investigações. Segundo o delegado regional Marcos Tadeu Brandão, a Polícia Civil já descartou a possibilidade de assassinato. Também ainda não chegaram ao número exato de pessoas que estavam na lancha no dia do acidente.
Já em relação à Marinha, eles informaram que também apuram o caso na questão referente “ao ponto de vista da Autoridade Marítima”. A corporação esteve no local e auxiliou durante as buscas pela jovem.
Embarcação na qual estava jovem na Represa de Miranda em Uberlândia — Foto: Corpo de Bombeiros/ Divulgação
Em relação aos relatos das testemunhas que estavam no local, o G1 também teve acesso ao registro da ocorrência. De acordo com as informações, além de Taynara, outra jovem de 21 anos também caiu na represa.
As versões das testemunhas não citam em nenhum momento a hora e o motivo pelo qual Taynara caiu, apenas que ouviram uma “movimentação” e viram ela na água. A jovem que caiu junto com ela relatou à PM que foi puxada por Taynara.
Um outro jovem de 27 anos disse que pulou na represa para tentar encontrar a garota que estava desaparecida, mas não encontrou. Já outro jovem de 29 anos, informou que ele auxiliou na retirada de uma das garotas.
Duas pessoas que estavam na embarcação disseram à PM que um dos “sócios da lancha” ameaçou ambas, para não “abrirem a boca”. Porém, mesmo com as ameaças, as duas disseram que ele não teve culpa na queda da vítima. Ao ser questionado, o rapaz disse não conhecer a situação citada pelas testemunhas. Ele também foi classificado com o condutor da lancha.
Uma pessoa do sexo masculino, sem a idade divulgada, até chegou a receber voz de prisão por desobediência, mas não foi preso em flagrante, assinando um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e sendo liberado. No boletim não fica claro quem foi essa pessoa.
Na lancha haviam diversos tipos de bebidas alcoólicas. Não foram localizados nenhum entorpecente, arma ou manchas de sangue.
Post em rede social de amiga de Taynara Gonçalves pedindo respostas em relação ao desaparecimento dela em Uberlândia — Foto: Reprodução/ Instagram
Em uma postagem nas redes sociais, a família da jovem lançou uma campanha pedindo "respostas" pelo desaparecimento de Taynara. A mensagem fala sobre divergências das versões das testemunhas. Em um trecho, a mensagem diz que:
“Como muitos já sabem pelos noticiários, a Taynara ‘caiu’ e possivelmente se afogou, de uma lancha onde estava com mais outras pessoas, nos B.Os [Boletins de Ocorrência] coletados as informações se divergem, não sendo possível chegar a qualquer conclusão do que de fato aconteceu. Ela ainda não foi encontrada. Queremos notícias, queremos a verdade”.
O G1 tentou contato pela internet com familiares, para mais informações, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Segundo os bombeiros, as informações repassadas pelas pessoas que estavam na embarcação estavam “desencontradas”, o que dificultou as buscas.
Por: G1